Dois discos feitos com farinha de amêndoa são unidos
por uma fina camada de creme ou geleia. O resultado é uma delícia
crocante por fora e extremamente macia em seu interior. Batizados de
macarons, esses doces redondinhos eram praticamente desconhecidos por
aqui há pouco tempo. Hoje, estão em boa parte das docerias da cidade,
muitas vezes como carro-chefe. "Vendo em média 70 000
unidades por ano", diz Fabrice Le Nud, chef da Pâtisserie Douce France.
"Tenho uma vitrine inteira só para eles." A guloseima veio da Itália -
assim como seu nome, derivado da palavra maccherone. Foi na
França, porém, que ganhou acabamento delicado e status de iguaria. "Já
paguei o equivalente a 10 reais para provar um macaron do Pierre
Hermé", conta o pâtissier Marc Gonzalez, referindo-se a um dos mestres
da confeitaria francesa.
Não é preciso
desembolsar muito para degustar o doce. Na loja de Gonzalez (EM SP), por
exemplo, a La Pâtisserie- Café & Delícias, os macarons de sabores
inusitados como cajá, bacuri e manga saem por 2,20 reais cada um. Na
Payard, do Shopping Iguatemi, as versões de chocolate, café, framboesa
e água de rosas custam 1 real. Para Flavio Federico, chef da Sódoces, o
macaron caiu nas graças dos clientes por causa de sua beleza e
versatilidade. "Posso brincar com os recheios", afirma. "O de
caipirinha é um dos mais procurados." Federico criou um curso de oito
horas para quem quer aprender a preparar o macaron em casa. As vagas
estão esgotadas até o fim deste mês.